Sou fã da Katy Perry assumidamente.
É de se gritar aos quatro ventos, se necessário. Pode ser considerado um traço da minha personalidade? Acho que sim, porque a maioria das coisas que eu faço tem ela em torno. E isso se dá principalmente porque ela ajudou na construção do meu caráter. Pode parecer um exagero? Sim, você pode pensar isso e se perguntar onde que ela ajudou na minha criação…
Sou katycat desde 2010, para ser mais específica e, em 2025, completei 29 anos, ou seja, mais que a metade da minha vida eu sou fã dessa mulher incrível. Lembro exatamente do momento em que me apaixonei por ela e seus encantos. Para quem não estava online naquela época, no Kids’ Choice Awards (KCA) 2010 a Katy foi a ganhadora (ou perdedora) de uma votação que escolhia uma artista para levar “slime” na cara. Lembro de estar assistindo a premiação, quando ela foi anunciada para supostamente apresentar uma categoria. De peruca azul e um vestido amarelo de latex, com flores azuis, uma clara homenagem ao Bob Esponja, lá estava ela. Tinha uma caixa no palco, que deveria conter o nome do ganhador do prêmio, no entanto, quando a Katy abriu, um jato forte de slime verde a atingiu em cheio!
Todo ano isso acontece no KCA, é uma tradição da premiação. Outros nomes já foram contemplados com isso, como Harrison Ford, Tom Cruise, Demi Lovato, Halle Berry, entre muitos outros nomes.
Foi ali, com ela toda coberta de gosma verde, escorregando no palco e levando na maior brincadeira, que meus olhos brilharam pela primeira vez de admiração. Eu já a conhecia de antes, afinal, quem não conhece I Kissed A Girl? Sério, quem não conhece??? O clipe foi lançado em meados de maio de 2008 e era figurinha repetida no TVZ da Multishow e no Nobreak da Mix Tv. Antes mesmo de eu ter conhecimento da minha orientação sexual ou conhecimento de que me tornaria fã da Katy, eu já cantava com todas as forças “I KISSED A GIRL, AND I LIKED IT”. Foi um choque para a Emely de 12 anos perceber o que estava cantando, quando li a tradução da música.
Mas, voltando para a minha trajetória como fã, lá em 2010…
Passei a acompanhar cada passo da carreira dela e atribuí-la ao meu dia a dia. Minha mãe achava que era uma fase da adolescência, que quando me tornasse adulta essa “febre”, como ela chamava, iria parar. Pois veja bem, não era uma fase! Ainda estou aqui! No meu aniversário de 22 anos, ao invés de passar com a minha família, eu estava lá no show da Katy Perry, em Porto Alegre, com a minha barriga grudada na grade. E ano passado, depois de falar o ano todo que não ia em festival nenhum atrás de cantora, lá estava eu no Rock In Rio em 20 de setembro, chorando com Part Of Me como se fosse a primeira vez. Todas as passagens da Katy no Brasil, eu estive presente. Inclusive, na premierer do filme Katy Perry: Part Of Me 3D, que aconteceu no Rio de Janeiro em 2012, além de conseguir que ela autografasse o encarte do meu Teenage Dream, ainda consegui uma foto com ela – por favor, sem gracinhas. Sem contar outras ocasiões, mas não vou detalhar aqui, porque do contrário esse texto vai ficar muito longo e meu foco era relacionar a escrita com a música.
(Quanto ao The Town esse ano, sigo firme com a minha decisão de não ir. Não gosto de festival, mas essa discussão ficará para outro post).
Tudo o que eu faço, dou um jeito de inserir a Katy de alguma forma. Foi assim na escola, foi assim na faculdade, então não teria como ser diferente nos meus livros. Ela ainda está comigo o tempo todo. Por exemplo, a Elizabeth, (protagonista do meu primeiro livro, De Frente Para o Amor), tem este nome por conta da Katy. De batismo, o nome dela é Katheryn Elizabeth Hudson. Colocar “Katheryn Fierce” foi uma possibilidade, mas “Elizabeth Fierce” combinou mais com a personagem. Em DFPOA também temos a Kate, sobrinha da Elizabeth, que apesar de não ser com “y” é influência da minha cantora.
Em “Traição, Segredos e Mentiras” temos a música The One That Got Away como a canção de ninar dos filhos das protagonistas. Em “25 de Outubro”, além de se chamar 25 de outubro por ser a data de aniversário da Katy, começa e termina com referências a mesma. Logo no primeiro parágrafo do livro, a protagonista data o tempo com California Gurls. E no último parágrafo do último capítulo, ela faz referência a uma música Power. Sem mencionar os agradecimentos de todos os livros.
Ela é minha inspiração. Ela faz parte do meu processo criativo.
Conexão de artista com fã vai além da idade. Eu tenho muito orgulho de continuar sendo fã dela, depois de 15 anos, em pleno 2025.
E sabe de uma coisa?! Tudo isso, na verdade, foi para falar que é claro que eu ia dar um jeito de falar sobre ela aqui também. E desejar que ela conquiste o sonho dela hoje com segurança e que volte sã e salva para terra depois dessa viagem ao espaço.
Deus proteja Katy Perry e toda a tripulação do NS-31!! Amém!!